quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

200 Séculos da História do Vale do Côa: incursões na vida quotidiana dos caçadores-artistas do Paleolítico.

Acaba de ser editado, pelo IGESPAR, I.P. e no âmbito do Museu do Côa, o número 52 da colecção Trabalhos de Arqueologia, dedicado ao Vale do Côa.


Preâmbulo
Mais de um século após a descoberta dos frescos da gruta de Altamira, o grande público, mas também o meio científico, tomou consciência, com a descoberta de gravuras ao ar livre nas vertentes rochosas do Vale do Côa, da verdadeira diversidade das manifestações artísticas do Paleolítico e das primeiras monumentalizações de um espaço natural.
A surpreendente conservação destas representações, testemunhos da humanidade contemporânea da última era glaciar, levanta muitas questões. Quando foram realizadas? Como foram percepcionadas pelas gerações de caçadores-recolectores que se sucederam neste território? O que sabemos realmente da vida quotidiana e da cultura que permitiu o desenvolvimento de um tal suporte gráfico de comunicação? Quais eram as relações estabelecidas entre os diversos grupos humanos da Península Ibérica?
Para tentar responder e abrir pequenas janelas sobre este passado, 25 investigadores de origem portuguesa, francesa, espanhola e suíça aceitaram a aposta de conservação in situ das gravuras do Côa e as suas implicações científicas e culturais.
Os dados e as perspectivas que abrem com a investigação realizada são apresentados neste trabalho.

Thierry Aubry,
Coordenação Científica
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