terça-feira, 1 de maio de 2012

Escultura rara de um touro com cerca de três mil anos para ver em Beja

Uma rara escultura em cerâmica representando um touro, com cerca de três mil anos e que foi recuperada numa das intervenções arqueológicas promovidas pela empresa do Alqueva, é apresentada a partir de quarta-feira em Beja. 

Credis sicnoticias.sapo.pt  
A escultura, devido à "sua raridade, particular relevância científica e valor iconográfico", vai estar patente ao público até ao próximo dia 29 de Junho na galeria de exposições da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), em Beja. 

A escultura está hoje, durante a tarde, em exposição no stand da EDIA no recinto da 29. Ovibeja, a maior feira agropecuária do sul do país, a decorrer até terça-feira no Parque de Feiras e Exposições de Beja. 

A peça, com 23 centímetros de altura, 17 de largura e 45 de comprimento, representa "um touro em posição natural de repouso, deitado sobre o ventre e com a parte traseira ligeiramente recostada sobre a perna esquerda", explica a EDIA. 

A escultura foi recuperada no sítio arqueológico Cinco Reis 8, intervencionado no âmbito da empreitada de construção de uma infraestrutura da rede primária do subsistema de rega de Alqueva, o troço de ligação Pisão-Beja. 

O sítio arqueológico Cinco Reis 8 é uma necrópole da 1. Idade do Ferro, "constituída por recintos limitados por fossos de planta rectangular, no centro dos quais se situam sepulturas individuais". 

A EDIA, desde o início da construção do empreendimento de fins múltiplos de Alqueva, já promoveu cerca de 1.300 intervenções arqueológicas no âmbito da minimização de impactes decorrentes das obras do projecto. 

Segundo a empresa, as intervenções arqueológicas "têm permitido conhecer em concreto os espaços de ocupação" inseridos nas mais diversas cronologias, da pré-história aos tempos modernos, e tipologias, como necrópoles, habitações e povoados. 

"Este conhecimento vem trazer novas luzes sobre o passado e contribuir para uma revisão do atual estado do conhecimento científico", sublinha a EDIA. 

Lusa

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