Cientistas do Instituto Max Plank sequenciaram genoma do Neandertal e compararam-no com humanos modernos
Svante Päabo, do Instituto Max Plank, liderou o estudo
O Homo sapiens sapiens actual, da Europa e da Ásia, tem entre um e quatro por cento de DNA Neandertal, o hominídeo que desapareceu há 30 mil anos. Esta é a conclusão de um estudo realizado por investigadores do Instituto Max Plank, na Alemanha, publicado sexta-feira na revista «Science».
Durante quatro anos, os investigadores estudaram e sequenciaram o genoma do Neandertal. Analisaram diversos fragmentos extraídos de ossos desta espécie extinta, que tinham sido encontrados na Croácia, Rússia, Alemanha e Espanha. Depois, compararam os dados com humanos actuais da Europa, da Ásia e de África.
O director do Departamento de Genética Evolutiva do Instituto Max Plank, que liderou a investigação, Svante Päabo, destaca esta descoberta como fundamental para o conhecimento da evolução humana.
Muitos investigadores tinham sérias dúvidas sobre o possível cruzamento entre os primeiros sapiens e os Neandertais, apesar de terem já aparecido vários esqueletos que indicavam existir hibridação. Contudo, apenas agora foi possível provar com dados genéticos essa teoria.
O homem de Neandertal apareceu no Próximo Oriente e na Europa há 400 mil anos, 200 mil anos antes do sapies sapiens existir e se ter começado a espalhar pelo mundo a partir de África. Os primeiros cruzamentos terão acontecido no Médio Oriente, entre 80 mil e 50 mil anos atrás.
O genoma neandertal foi comparado com o de cinco humanos actuais da África Meridional e Ocidental, de França, da China e da Papua Nova Guiné. O estudo revelou que o Neandertal partilha 99,7 por cento dos genes do sapiens sapiens.
No entanto, apenas dos seres humanos que habitam fora de África têm a herança genética dos Neandertais, o que reforça a ideia de que o cruzamento terá mesmo acontecido.
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In: CiênciaHoje
2010-05-10
1 comentário:
Nao existe essa classificacao Homo sapiens sapiens, o termo atual é apenas Homo sapiens, a especie humana nao possui subspecie para justificar um nome com epítopo subespecífico.
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