quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Jornadas sobre Paleolítico superior Barcelona 2010


En estos últimos años se ha generado un desarrollo importante en distintos campos de la investigación sobre el Paleolítico superior de la Península Ibérica. Se han descubierto nuevos yacimientos; han aflorado nuevos territorios desconocidos en cuanto al potencial de recursos; se han desarrollado aproximaciones innovadoras en lo que se refiere al estudio de los materiales del registro arqueológico y al entorno de los yacimientos…

Por esto hemos creido oportuno desde el SERP de la Universitat de Barcelona organizar unas jornadas que sirvan de plataforma para la presentación de estas novedades. Queremos que el coloquio actue de foro de encuentro, de diálogo y de intercambio abierto a los investigadores.

Queremos también que estas jornadas sean una plataforma generadora de reflexiones colectivas acerca de distintos aspectos del conocimiento sobre el Paleolítico superior peninsular.

Las Jornadas tendrán lugar del 27 al 29 de enero de 2010 en la Facultat de Geografia i Història de la Universitat de Barcelona.


http://www.pspibarcelona2010.es/

Departamento de História, Arqueologia e Património

O sítio on-line do Departamento de História, Arqueologia e Património está remodelado e actualizado.

"O Departamento de História, Arqueologia e Património (DHAP) da Universidade do Algarve (UALG) dedica-se ao ensino, investigação e apoio à comunidades na área do Património Cultural. Conta, para tal, com mais de uma dezena de especialistas doutorados em diferentes áreas científicas -- historiadores, arqueólogos, historiadores de arte e arquitectos -- que abordam as questões patrimoniais numa perspectiva integrada, de acordo com os mais recentes conceitos patrimoniais."

Aqui podemos encontrar os projectos em curso pelos docentes e investigadores do departamento...vale a pena consultar e divulgar...

http://www.fchs.ualg.pt/Departamentos/DHAP/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

7º ENCONTRO DE ARQUEOLOGIA DO ALGARVE

O 7º Encontro de Arqueologia do Algarve, promovido pela Câmara Municipal de Silves (CMS), em conjunto com o IGESPAR, a Universidade do Algarve e o Direcção Regional de Cultura do Algarve decorrerá nos próximos dias 22, 23 e 24 de Outubro, em Silves.


O evento assume este ano o seu formato regular, objectivando-se a apresentação de comunicações e posters resultantes de trabalhos (de campo ou estudos de materiais) ocorridos na região do Algarve, no biénio de 2008/2009.

Os temas em destaque nos vários painéis que terão lugar durante os três dias do encontro são os seguintes: “Pré-História do Algarve”, “Proto-História do Algarve”, “O Algarve na Época Romana”, “A permanência islâmica no Algarve”, “As Necrópoles do Algarve da Pré-História à Actualidade” e “O Algarve moderno e contemporâneo”. Haverá, também, uma mesa redonda, que abordará “A Arqueologia e as outras ciências. Contributo das arqueociências para a interpretação do Património Arqueológico Algarvio”.

Para mais informações deverão contactar o Gabinete de Arqueologia, Conservação e Restauro, através do email maria.gonçalves@cm-silves.pt ou do telefone 282 444 100.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sondagem II

Sobre a nossa segunda sondagem, DAS VÁRIAS ÁREAS DAS ARQUEOCIÊNCIAS E DA PALEOECOLOGIA HUMANA, QUAL A QUE MAIS TE INTERSSA?, aqui ficam os resultados:



BIOANTROPOLOGIA:
"A Bioantropologia define-se como a disciplina que estuda a origem, evolução e diversidade da espécie humana. Na sua vertente que se debruça sobre o passado, a disciplina baseia-se em vários indícios para elaborar a história do nosso passado, desde o esqueleto ao ADN (ácido desoxirribonucleico), passando pelas assinaturas químicas detentoras de informação sobre modos de vida (oligoelementos e isótopos estáveis). Contudo, o instrumento básico de trabalho em Paleoantropologia é o esqueleto humano, já que é dele que se extraem todas estas informações, macro- ou microscópicas".

GEOARQUEOLOGIA:
"A Área de Geoarqueologia pretende disponibilizar à comunidade científica portuguesa a utilização dos instrumentos das ciências da Terra no quadro da investigação arqueológica, numa perspectiva integrada e multidisciplinar.
A aproximação geoarqueológica tem como finalidade última a compreensão das inter-relações entre o ambiente físico e as comunidades humanas do passado, através do estudo das modificações do território, da utilização dos recursos naturais, do impacte antrópico, dos processos de formação e de conservação dos sítios arqueológicos, etc".

PALEOBOTÂNICA:
"Os territórios antigos revelam-se através do estudo dos depósitos micro-estratificados dos pântanos e lagoas e dos sedimentos e estruturas arqueológicas.
Nesta investigação utiliza-se a análise polínica, que estuda ao microscópio as associações de grãos de pólen, esporos, e outras micro-estruturas de origem biológica, preservadas através dos tempos em condições particulares. São micro-partículas produzidas aos biliões, que o vento transporta a todo o lado, e que desta forma reflectem vastas regiões, em tornos dos sítios estudados".

PALEOTECNOLOGIA LÍTICA:
"A perspectiva tecnológica aplicada ao estudo das indústrias líticas é um campo autónomo de investigação, que visa reconstituir não só os processos e as modalidades de fabrico do equipamento de caça e de uso doméstico das comunidades humanas do Passado, mas também o artesão, o indivíduo que opera na matéria através do gesto, que a transforma segundo determinados esquemas mentais e a sua própria tradição enquanto membro de um grupo, de uma cultura, com um Tempo e um Espaço próprios."

ZOOARQUEOLOGIA:
"A Zoo-Arqueologia estuda os restos faunísticos encontrados nos sítios arqueológicos. Permite-nos ampliar a compreensão do passado, trazendo respostas a questões quer de carácter ambiental ou económico, quer relativas aos próprios animais e ao conhecimento dos factores que foram responsáveis pela sua incorporação e conservação naqueles contextos".



Bibliografia:
MATEUS, José Eduardo e MORENO-GARCÍA, Marta (2003)

Paleoecologia Humana e Arqueociências: um Programa Multidisciplinar para a Arqueologia sob a Tutela da Cultura. Trabalhos de Arqueologia 29. IPA: Lisboa.

.

3ª Jornadas Monte Molião

A Câmara Municipal de Lagos celebra, no próximo dia 21 de Agosto, as 3as Jornadas de Portas Abertas «Monte Molião». A escavação pode ser visitada entre as 9h e as 12h. A partir das 16h inicia-se a sessão de conferências, no Auditório dos Paços do Concelho Século XXI, conforme programa em anexo.



Com esta iniciativa, a Câmara Municipal de Lagos procura consolidar o relacionamento entre a população de Lagos e a estação arqueológica de Monte Molião, ex-libris desta cidade.

Complexo dos Perdigões tem 1500 anos de Pré-História ...

Fornos com 5500 anos e um sistema circular de pedras com 4000 anos estão contidos num pequeno rectângulo com 15 metros de comprimento. No Complexo Arqueológico dos Perdigões, em Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, é possível olhar para estas estruturas, que correspondem a um período de 1500 anos, sem sair do mesmo local. Este é um importante resultado das explorações arqueológicas no recinto, a cargo da empresa Era-Arqueologia, e que foi possibilitado graças ao uso de uma prospecção geofísica, técnica que permite fazer uma espécie de radiografia ao terreno.

A sondagem, feita no âmbito do projecto de colaboração com a Universidade de Málaga, levou a que se percebesse que uma mancha escura, já visível no território da Herdade do Esporão nas fotografias aéreas, correspondia a uma estrutura circular feita de pedra com um diâmetro compreendido entre os 15 e os 20 metros e que data, possivelmente, do final do 3.º milénio a.C., ou seja, tem cerca de 4000 anos, pertencendo, assim, ao período Calcolítico.

No entanto, a geofísica apenas "disponibiliza" a imagem, não dando informações concretas sobre o que se vê na mesma. Ainda assim, os resultados preliminares da "radiografia" levaram a que se começasse a trabalhar nessa parte do terreno, para ser possível perceber a dinâmica de evolução do uso do território. Como consequência, já está a descoberto uma pequena parte desse sistema de pedra no tal rectângulo com os tais 15 metros de comprimento.

Mesmo ao lado das pedras podem ser vistos depósitos e estruturas também do Calcolítico, mais precisamente de há 5000 anos. Na extremidade oposta ao sistema circular encontram-se alguns fornos que se presumem ser de há 5500 anos, do Neolítico Final. A prospecção geofísica permitiu ainda descobrir algumas valas que parecem corresponder a paliçadas, construções constituídas por troncos de madeira.

António Valera, o responsável pelo Núcleo de Investigação Arqueológica, uma área de investigação e desenvolvimento da Era-Arqueologia, mostra-se entusiasmado com a possibilidade de num só espaço poder "estudar um longo período de ocupação" e de, igualmente, ser possível "começar a caracterizar algumas das estruturas [existentes] ".

Espaço onde se podem ver vestigíos com 1500 anos de intervalo
Foto de Raquel Esperança


Preservação assegurada

O complexo arqueológico começou a ser explorado em 1997, um ano depois de se ter percebido a extensão da sua riqueza pré-histórica, após se terem cancelado os trabalhos para se plantar uma nova vinha na Herdade do Esporão, pertencente a José Roquette. Dois terços do complexo estão localizados nesta herdade e são classificados como "reserva arqueológica". O restante espaço encontra-se situado noutros terrenos, mas está sob várias condicionantes, o que dá garantias em relação à preservação do recinto. Além disso, o complexo dos Perdigões tem vantagens de exploração porque não está sob outras construções, como acontece a outros antigos povoados, que mesmo tendo uma maior dimensão do que este não podem ser explorados na sua totalidade.

Já a rede de rega do Alqueva tem feito aparecer zonas com grande interesse arqueológico no Alentejo, que têm conduzido à ideia de que as chamadas "sociedades pré-históricas" são, afinal, mais complexas do que o que se pensava anteriormente.

Miguel Lago, o director da Era-Arqueologia afirma, em relação ao estudo nos Perdigões, que o projecto é "de várias gerações", pois diz que, em poucos anos, não é possível desvendar o "enorme potencial" do recinto.

Essa demora no ritmo de investigação só é possível, segundo Miguel Lago, por ser um projecto privado. Financiado pela Era-Arqueologia, pelo Esporão e pela Sociedade Alentejana de Investimento e Promoção e ainda com o suporte logístico assegurado pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, esta pesquisa não sofre pressões de âmbito comercial, o que facilita a adopção dessa "dinâmica diferente". Os interessados na investigação são, normalmente, académicos da área que respeitam directrizes científicas e é com base nas suas análises que poderá ser conseguida uma maior credibilidade para o complexo, tornando possível a continuação da aposta nesse ritmo diferente.

Nesse sentido, o trabalho levado a cabo pelo Departamento de Pré-História da Universidade de Málaga, encabeçado por José Márquez Romero, deverá apresentar resultados definitivos da investigação feita num fosso a nordeste do recinto, no início do próximo ano. Para já, foram descobertos cornos de bovino e mandíbulas de porco na sua escavação, onde, ao longo dos anos, têm sido encontrados outros restos de fauna, segundo disse Miguel Lago. A equipa espanhola ambiciona descobrir se o enchimento desse fosso desde a sua abertura decorreu de forma natural e aleatória, ou se, de outra maneira, resultou de uma acção ritual dos povos que habitavam a área.

Estes artefactos agora conhecidos juntam-se assim, por exemplo, a uma mandíbula humana ou a figuras zoomórficas, como uma minúscula forma milenar de um coelho, presentes no museu arqueológico da herdade.


In: Público
13.08.2009 - 10h00
Diogo Cavaleiro

Arte Rupestre em Arronches

Uma equipa da Universidade de Évora acaba de descobrir uma gruta com arte rupestre, em Arronches, no limite Sul do Parque Natural da Serra de S. Mamede.
Os trabalhos arqueológicos em curso na zona fazem parte do projecto ARA (Arte Rupestre de Arronches), desenvolvido em parceria com as Universidades de Alcalá de Henares e Extremadura (Badajoz) e a Universidade de Évora.



Junto ao Pego do Inferno, na Ribeira de Abrilongo, aberta nas cristas quartzíticas da freguesia da Esperança, no concelho de Arronches a equipa de Arqueologia da Universidade de Évora identificou uma nova e ampla gruta natural com pinturas rupestres. A recente descoberta só foi possível graças a informações prestadas por João Catarro e inscreve-se no Projecto ARA ( Arte Rupestre de Arronches ), apoiado pela Câmara Municipal de Arronches, desenvolvido por uma equipa de Arqueologia da Universidade de Évora, em colaboração coma as universidades espanholas de Extremadura e Alcalá de Henares. A gruta agora identificada apresenta pinturas esquemáticas, maioritariamente antropomórficas, de cor vermelho escuro, semelhantes às que desde 1914 começaram a ser reconhecidas noutros abrigos naturais existentes nesta freguesia. Os estudos arqueológicos do projecto ARA iniciaram-se em Abril de 2009, coordenados pelo arqueólogo Jorge de Oliveira, permitiram identificar para além desta nova gruta outros pequenos abrigos, até agora desconhecidos, igualmente com presença de arte rupestre pintada. Elevam-se, assim, para sete os locais até agora identificados com presença de arte rupestre pintada, reconhecendo-se neste concelho o maior conjunto de arte rupestre pintada identificada, até agora, em Portugal. Para além de trabalhos de prospecção a equipa da Universidade de Évora, constituída por alunos da licenciatura e mestrado de Arqueologia, tem vindo a proceder ao decalque e fotografia exaustivos dos painéis pintados existentes nas grutas já conhecidas e respectivo levantamento topográfico, bem como a sondagens arqueológicas nas imediações da Lapa dos Gaivões. Estas escavações possibilitaram identificar muros pertencentes a prováveis cabanas contemporâneas de algumas das fases das pinturas pré-históricas. A ampla gruta agora identificada, Gruta do Pego do Inferno, localiza-se num local paradisíaco mas de muito difícil acesso, prevendo-se que a sua visita só possa ser efectuada com guias, a partir do futuro Centro de Interpretação da Arte Rupestre que a Câmara Municipal de Arronches se prepara para instalar num antigo lagar de azeite situado na povoação da Esperança. A arte rupestre da Esperança inscreve-se no grupo de arte esquemática, que emerge com o fim da última glaciação, prolongando-se até aos inícios da Idade dos Metais, podendo, nesta região, recuar até quinto milénio antes de Cristo

in:
http://www.dhis.uevora.pt/noticias_e_informacoes/noticias/investigacao/descoberta_arqueologica


publicado a:
17/07/2009 18:56