Do material contido em 20 caixas,
teve de separar os vestígios
humanos dos vestígios animais.
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Durante seis semanas, o Museu Municipal do Bombarral foi a “casa” de Jennifer Guffey, bioarqueóloga oriunda da Universidade de Louisville, Kentuky, nos Estados Unidos da América. A investigadora foi ao Bombarral analisar os vestígios humanos recolhidos nas décadas de 70 e 80 na gruta da Lapa do Suão, na Columbeira, tendo a Câmara cedido o alojamento.
Do material contido em 20 caixas, teve de separar os vestígios humanos dos vestígios animais.
“Após determinar se os elementos eram referentes ao lado esquerdo ou ao direito, cataloguei cada um deles, determinando o número de indivíduos, e, nos casos em que foi possível, a sua idade e o sexo. Por vezes, consegue-se determinar se é masculino ou feminino e que idade tinha quando faleceu. Consegui descortinar algumas patologias e doenças e verifiquei a existência de marcas em alguns ossos, algo que penso estar relacionado com alguns rituais executados no momento da preparação do defunto”, relatou.
A especialista contou que “encontrei ossos de crianças com menos de dois anos de idade, bem como várias crianças entre os 2 e os 10 anos de idade e algumas entre os 10 e os 15 anos. Na maioria são adultos com idades a partir dos 23 anos, havendo igualmente alguns com cerca de 50 anos. Os mais velhos terão entre os 50 e os 55 anos”.
Alguns dos vestígios serão do período Neolítico enquanto outros poderão ser da Idade do Cobre.
Em abril Jennifer Guffey irá fazer uma apresentação dos resultados à Sociedade Americana de Arqueologia numa conferência, na cidade de Memphis, Tennessee, nos EUA.
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